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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Construindo sólidas relações via Twitter - Mariela Castro

Foto: Clix
Muita gente questiona a intensidade dos laços que estabelecemos através das redes sociais, acreditando que, quando se trata de relações novas, com gente que não conhecemos pessoalmente, esses laços tendem a ser frágeis e superficiais.
Pesquisadores como a gaúcha Raquel Recuero já tentaram definir a “amizade” online pelo grau de reciprocidade das conexões estabelecidas nas redes sociais. Diz ela, por exemplo, sobre o Twitter: “É um espaço onde as conexões não precisam ser recíprocas e, portanto, não necessariamente um espaço de “amigos”.” 
É verdade que não há exigência de reciprocidade no Twitter. Mas também é verdade que o Twitter pode ser muito rico de relacionamentos reais com pessoas que você nunca viu. É possível, sim, estabelecer laços fortes e significativos mesmo nesse ambiente em que “se fala sozinho” para uma vasta platéia de seguidores.
Porque não é da massa de seguidores que estou falando. Falo do seleto grupo de pessoas com quem você efetivamente interage com freqüência no microblog. Pessoas que se ajudam, compartilham, trocam ideias e têm afinidade de interesses. Que se importam umas com as outras a ponto de perguntar se você vai bem e quais são seus novos projetos profissionais.
É a “comunidade imaginada”, termo cunhado pelo cientista político Benedict Anderson que traduz a identificação com uma população dispersa de pessoas desconhecidas, mas com as quais se compartilha com tal intensidade que é possível falar em “nós”, falar em um grupo.

Como você determina se uma relação online é real?
  • As pessoas sabem o seu nome?
  • Mantêm uma conversação regular com você?
  • Oferecem informações e questões que te fazem aprender e crescer?
  • Notam quando você deixa de participar?
Se a resposta for sim, será que realmente importa se você conhece essas pessoas fisicamente ou se elas estão do outro lado do mundo?

Um caso real no TwitterConstruí, ao longo dos anos, uma rede de contatos bastante ativa no Twitter. É um grupo fechado, admito, mas com o qual interajo intensamente, sem jamais ter visto ninguém pessoalmente. No último mês, por conta do trabalho e de muitas viagens, reduzi drasticamente minha presença no Twitter e, principalmente, perdi vários #irchat, encontro semanal para discutir relações com investidores e mídias sociais. Ontem, consegui retomar meus tweets – e as pessoas desse grupo mais assíduo perceberam. Recebi várias mensagens de “welcome back”, “estava estranhando a sua ausência” e coisas parecidas, do Canadá, da Nigéria, dos Estados Unidos. Detalhe: nunca vi essas pessoas. Mas conheço seu trabalho, aprecio suas opiniões, discuto com elas, já as indiquei para entrevistas em veículos de comunicação brasileiros, elas já me ajudaram em pesquisas.
Com essas pessoas tenho, sim, laços mais fortes do que eu poderia supor quando comecei a usar o Twitter para ampliar minha percepção sobre o poder das mídias sociais. Cultive relacionamentos online, e eles se tornarão tão importantes quanto os da vida offline.

Fonte: http://portalexame.abril.com.br/rede-de-blogs/midias-sociais/2010/09/13/construindo-solidas-relacoes-via-twitter/?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter às 20:35 - 02/11/2010

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