Iniciativas ainda se voltam apenas aos processos de marketing
Publicado em 02/09/2010 - 19:33
Por Larissa Leiros Baroni, de Foz do Iguaçu (PR)
Com o crescimento das redes sociais, tema ganha destaque no 16º Congresso Internacional de Educação a Distância, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Ainda que a comunidade acadêmica reconheça o potencial dessas ferramentas, práticas que aproximam a tendência tecnológica aos processos pedagógicos da educação a distância ainda não são expressivas.
Na opinião de Patrícia Lupion Torres, diretora da área de Educação da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), as instituições estão mais abertas para recorrer às redes sociais - Orkut, Facebook, Twitter - principalmente para intensificar processos de marketing. Falta, no entanto, explorar o potencial dessas ferramentas no processo pedagógico, acredita. "A maioria dos professores são imigrantes digitais, por isso ainda não estão totalmente adaptados às novidades".
A inserção das redes sociais nos processos pedagógicos depende exclusivamente da criatividade dos docentes , garante Patrícia. "Não dá para ignorar as possibilidades, tampouco tentar resistir a essas tendências. Quanto mais ferramentas tecnológicas inseridas na plataforma, mais rico pode se tornar o processo de ensino", enfatiza a diretora da PUCPR. Mas, para ela, as tecnologias devem estar ancoradas a um plano pedagógico consistente. "É a proposta acadêmica que vai suportar o uso da rede. Caso contrário, o processo se torna tão pobre como as propostas tradicionais", diz.
Além da necessidade do projeto pedagógico, Vani Moreira Kenski, diretora da ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância), garante que o processo de aprendizado na rede está vinculado a uma mediação qualificada a partir da figura do professor ou tutor e, principalmente, a interação e participação ativa dos estudantes. "De nada adianta participar de uma rede em que sou um mero expectador. Nessas condições, limitam-se as oportunidades de crescimento e aprendizado", explica ela. Por isso, diz, esse processo tem propiciado inclusive mudanças em relação ao conceito de aprendizagem. "Passa a ser um processo diferenciado para cada um dos integrantes da comunidade estudantil".
A opção pelo uso das redes sociais, para André Gomes Genesini, da Educamos Online - consultoria educacional -, aproxima a educação a distância do perfil dos alunos, bem como torna o processo de ensino-aprendizagem mais atraente. "Experiências de aulas no Facebook demonstraram motivação da participação inclusive daqueles estudantes que costumam não interagir nas aulas", exemplifica ele. Marilena Estrella Facuri, coordenadora da Unirp (Centro Universitário de Rio Preto), partilha opinião com Genesine e acrescenta: "Pesquisas revelam que a falta de vontade e de interesse pelos estudos leva muitos estudantes a abandonarem o curso".
A interação com o aluno pode ser realizada tanto a partir de processo cognitivo, colaborativo e imersivo. "Enquanto na primeira opção o estudante é apenas ouvinte e precisa ser despertado para a identificação, a segunda privilegia a interação física ou virtual com a sintonia e colaboração mútua. Já as mídias imersivas são os simuladores de aprendizagem, ambientes de realidade virtual e jogos", explica Margarete Lazzaris Kleis, da Delinea Educacional - consultoria educacional, que aconselha o uso de todas as alternativas para possibilitar ao aluno escolher a opção que melhor se adapte.
O uso das redes sociais, no entanto, não se limita aos processos educacionais. De acordo com Jucimara Roester, diretora da UnisulVirtual - programa de educação a distância da Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina) -, as ferramentas podem contribuir também para a captação e retenção dos alunos, assim como para o diagnóstico dos processos e na tomada de decisões pedagógicas e de gestão. "É mais um caminho para manter diálogo mais próximo dos alunos, esclarecer dúvidas, responder angustias e receber sugestões e críticas", descreve ela.
Com o crescimento das redes sociais, tema ganha destaque no 16º Congresso Internacional de Educação a Distância, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Ainda que a comunidade acadêmica reconheça o potencial dessas ferramentas, práticas que aproximam a tendência tecnológica aos processos pedagógicos da educação a distância ainda não são expressivas.
Na opinião de Patrícia Lupion Torres, diretora da área de Educação da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), as instituições estão mais abertas para recorrer às redes sociais - Orkut, Facebook, Twitter - principalmente para intensificar processos de marketing. Falta, no entanto, explorar o potencial dessas ferramentas no processo pedagógico, acredita. "A maioria dos professores são imigrantes digitais, por isso ainda não estão totalmente adaptados às novidades".
A inserção das redes sociais nos processos pedagógicos depende exclusivamente da criatividade dos docentes , garante Patrícia. "Não dá para ignorar as possibilidades, tampouco tentar resistir a essas tendências. Quanto mais ferramentas tecnológicas inseridas na plataforma, mais rico pode se tornar o processo de ensino", enfatiza a diretora da PUCPR. Mas, para ela, as tecnologias devem estar ancoradas a um plano pedagógico consistente. "É a proposta acadêmica que vai suportar o uso da rede. Caso contrário, o processo se torna tão pobre como as propostas tradicionais", diz.
Além da necessidade do projeto pedagógico, Vani Moreira Kenski, diretora da ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância), garante que o processo de aprendizado na rede está vinculado a uma mediação qualificada a partir da figura do professor ou tutor e, principalmente, a interação e participação ativa dos estudantes. "De nada adianta participar de uma rede em que sou um mero expectador. Nessas condições, limitam-se as oportunidades de crescimento e aprendizado", explica ela. Por isso, diz, esse processo tem propiciado inclusive mudanças em relação ao conceito de aprendizagem. "Passa a ser um processo diferenciado para cada um dos integrantes da comunidade estudantil".
A opção pelo uso das redes sociais, para André Gomes Genesini, da Educamos Online - consultoria educacional -, aproxima a educação a distância do perfil dos alunos, bem como torna o processo de ensino-aprendizagem mais atraente. "Experiências de aulas no Facebook demonstraram motivação da participação inclusive daqueles estudantes que costumam não interagir nas aulas", exemplifica ele. Marilena Estrella Facuri, coordenadora da Unirp (Centro Universitário de Rio Preto), partilha opinião com Genesine e acrescenta: "Pesquisas revelam que a falta de vontade e de interesse pelos estudos leva muitos estudantes a abandonarem o curso".
A interação com o aluno pode ser realizada tanto a partir de processo cognitivo, colaborativo e imersivo. "Enquanto na primeira opção o estudante é apenas ouvinte e precisa ser despertado para a identificação, a segunda privilegia a interação física ou virtual com a sintonia e colaboração mútua. Já as mídias imersivas são os simuladores de aprendizagem, ambientes de realidade virtual e jogos", explica Margarete Lazzaris Kleis, da Delinea Educacional - consultoria educacional, que aconselha o uso de todas as alternativas para possibilitar ao aluno escolher a opção que melhor se adapte.
O uso das redes sociais, no entanto, não se limita aos processos educacionais. De acordo com Jucimara Roester, diretora da UnisulVirtual - programa de educação a distância da Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina) -, as ferramentas podem contribuir também para a captação e retenção dos alunos, assim como para o diagnóstico dos processos e na tomada de decisões pedagógicas e de gestão. "É mais um caminho para manter diálogo mais próximo dos alunos, esclarecer dúvidas, responder angustias e receber sugestões e críticas", descreve ela.
Fonte: http://www.universia.com.br/ead/materia.jsp?materia=20317 às 19:40 - 02/11/2010
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