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sábado, 13 de novembro de 2010

Controle de conteúdo é um acinte à liberdade de imprensa, diz Dilma Rousseff

 Redação Portal Imprensa - Publicado em: 03/11/2010 12:21

Dilma Rousseff
A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) reafirmou que não apoia medidas que tem como objetivo controlar conteúdo veiculado por meios de comunicação. Em entrevista concedida a TV Bandeirantes, na última terça-feira (02/11), Dilma declarou: "O controle social da mídia, se for de conteúdo, é um absurdo. É um acinte à liberdade de imprensa. Não compactuo com isso. Se chegar à minha mesa qualquer tentativa de coibir a imprensa no que se refere à divulgação de ideias, propostas, opiniões, tudo o que for conteúdo, é o que eu falei: o barulho da imprensa é infinitas vezes melhor do que o silêncio das ditaduras".
De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, a petista ressaltou que existem diferenças entre o controle social da mídia e a criação de um marco regulatório: "Todo país regulamenta a participação do capital estrangeiro nas suas mídias, por exemplo. Teremos de regular de alguma forma também a interação entre as mídias".

Para a presidente, a criação de um marco regulatório teria que "permitir adaptações" que incluíssem novas mídias, como a Internet. "Você não pode ter um marco regulatório que desconheça a banda larga. Se você vai poder ou não fazer televisão e em que condições. Isso o Brasil vai ter de regular minimamente. Até porque tem casos em que, se não se faz isso, deixa que haja uma concorrência desproporcional entre diferentes organismos", declarou.

Durante a entrevista, Dilma falou sobre a disputa entre os partidos por cargos e sobre o papel das mulheres em seu governo, além de projetos para unir o país em prol da estabilidade e do crescimento econômico.

Na última quinta-feira (28), a ex-ministra da Casa Civil afirmou que repudia o monitoramento de conteúdo editorial dos meios de comunicação, após ter sido questionada sobre projetos de criação de conselhos estaduais para a fiscalização da mídia. Para Dilma, um país que abre mão da valorização da liberdade de imprensa e de expressão "perde a sua capacidade política e perde, inclusive, uma das coisas fundamentais, que é a esperança dos seus jovens".

No final de outubro, a Assembleia Legislativa do Ceará aprovou a criação de um Conselho de Comunicação Social (Cecs), para fiscalizar e monitorar os veículos de comunicação locais, além de ter o poder de efetuar denúncias de desvio de conduta ética das empresas ao Ministério Público.

A criação dos Cecs foi recomendada durante a Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em dezembro de 2009 por iniciativa do governo federal. Outros Estados brasileiros, como Minas Gerais, Bahia, Piauí e Alagoas possuem projetos semelhantes ao cearense.

No último domingo (31), em seu primeiro discurso como presidente eleita, Dilma prometeu que, em seu governo, a liberdade de imprensa está garantida: "Eu vou zelar pela mais ampla e irrestrita liberdade de imprensa, pela mais ampla liberdade religiosa e de culto".    

Fonte: http://portalimprensa.uol.com.br/portal/ultimas_noticias/2010/11/03/imprensa39011.shtml às 17:24 - 13/11/2010

Comentário MOZAICO: O que vale agora, é a nossa atual presidente cumprir suas promessas. Afinal o mudo gira em torno de comunicação. E, censurá-la é inadmissível. Ainda mais nos dias de hoje, com tanta 'liberdade'.

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