21 21UTC setembro 21UTC 2010
Crise. Esta palavra assusta ainda a muitos profissionais de comunicação, que, diante de uma situação inusitada e complicada, optam pelo caminho mais fácil e rápido, somente para dar um retorno ao cliente e atender aos jornalistas.
Falta – a estes comunicadores -, na maioria das vezes, técnica, conhecimento e experiência profissional para agir da maneira mais adequada.
Flavio Valsani, diretor-executivo da LVBA, empresa que edita os blogs Crise & Comunicação e 806, está acostumado a vivenciar momentos de crise comunicacional e conhece, como poucos, as soluções mais eficazes.
Em conversa com o PR Interview, ele dá algumas dicas: “é fundamental analisar todas as possibilidades de crises, fazer um mapa de risco e definir estratégias e providências para se preparar para uma emergência”.
Flavio Valsani, da LVBA
Valsani ressalta também que o comunicador “precisa ser um sinal de alerta” e faz, durante a entrevista, algumas ponderações.
Acompanhe a seguir os principais trechos da convesa:
PR Interview: Como o assessor de imprensa deve lidar com a crise de um cliente?
Flavio Valsani: Atendimento em crise requer uma série de providências, a começar por uma rápida e profunda análise de cenário. Ao mesmo tempo, é preciso começar a fornecer informações – mesmo que sejam ainda muito superficiais – a fim de garantir a abertura e permanência de um canal de comunicação eficiente.
É preciso também definir os públicos a serem contatados, as mensagens preferenciais e assim por diante. Como nunca há tempo de traçar uma estratégia em uma crise, é essencial tê-la preparada antes, quando não há nuvens negras no horizonte. Assim, é fundamental analisar todas as possibilidades de crises, fazer um mapa de risco, definir estratégias e providências, para se preparar para uma emergência.
É essencial trabalhar tudo isto antes e sempre de maneira a reduzir os riscos de uma resposta inadequada em uma situação de crise real.
PR Interview: Em tempos de social media, o assessor de imprensa precisa, cada vez mais, assumir um papel de gerenciador de crise?
Flavio Valsani: Mais do que gerenciador de crise, ele precisa ser um sinal de alerta. Ao monitorar redes sociais o profissional de comunicação se capacita para alertar a corporação sobre as tendências e possibilidades – tanto positivas, a serem aproveitadas, quanto negativas, a serem trabalhadas.
Claro que complica tudo o fato de várias empresas não permitirem acesso a redes sociais. Com isso, nem se previnem contra ataques; nem podem contar com um público extremamente importante em sua defesa – seus próprios colaboradores.
PR Interview: Focando em outro tema, a metodologia IDI ainda é utilizada na LVBA?
Flavio Valsani: Essa metodologia é fundamental e é aplicada – em maior ou menor escala – em todos os clientes. É por meio do IDI que conseguimos apresentar uma avaliação objetiva do trabalho e analisar não só o resultado das ações como as causas que levaram a um bom ou mau resultado.
Mais do que um método de avaliação, o IDI é uma ferramenta de gestão que tem economizado muito tempo e dinheiro para nossos clientes.
PR Interview: E em relação à comunicação 3D, o assessor de imprensa precisa se preparar para utilizar esta tecnologia?
Flavio Valsani: É mais importante o assessor se preocupar com a diversidade das mídias. Comunicação em 3D pode ser um diferencial importante em determinados casos, como, por exemplo, para chamar a atenção do público-alvo. Mas, usar as novas ferramentas da maneira adequada supõe um planejamento estratégico detalhado e conhecimento técnico para executá-lo.
PR Interview: Para finalizar, em quais ações vocês utilizam o conceito de PR Mobility?
Flavio Valsani: Em todas as ações. A ideia é usar toda a diversidade de ferramentas possível para obter os melhores resultados para o cliente, sempre considerando que os públicos-alvo estão, hoje, sujeitos a uma quantidade muito maior de influências.
Fonte: http://printerview.wordpress.com/2010/09/21/flavio-valsani-da-lvba/ às 20:47 - 02/11/2010
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